2 de novembro de 2014

Homenagem a Charles Chaplin encerra Mostra de SP com orquestra ao ar livre


Clássico de Chaplin encerra a 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo com acompanhamento musical da OER

Sessão de “O Circo”, com trilha sonora ao vivo da Orquestra Experimental de Repertório, acontece dia 1º, na área externa do Auditório do Ibirapuera

Por Gabriel Fabri

Último filme mudo do ator e diretor britânico Charles Chaplin, “O Circo” ganha uma exibição especial, com cópia restaurada, na área externa do Auditório do Ibirapuera. Encerrando a 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo no dia 1º de novembro, a sessão tem acompanhamento musical ao vivo da Orquestra Experimental de Repertório (OER) da Fundação Theatro Municipal de São Paulo. A regência é de Carlos Moreno.

O longa-metragem foi escolhido em homenagem ao centenário do personagem Carlitos, conhecido também como “o Vagabundo”. Antes da exibição do filme, é exibido o curta “Corrida de Automóveis para Meninos” (1914), de Henry Lehrman, obra na qual o célebre personagem aparece pela primeira vez.  Além de “O Circo”, esse papel marcou outras grandes obras de Chaplin, como “Luzes da Cidade”, “Tempos Modernos” e “O Garoto”.

Ao longo da 38ª edição da Mostra, foi exibido em cinemas selecionados o documentário “Charles Chaplin: A Lenda do Século” (2014), de Anne Le Boulc`h e Frédéric Martin Laurent, que também celebra o centenário de Carlitos.


Reproduzido de Prefeitura de São Paulo
Secretaria Municipal de Cultura
23 out 2014

Fotos: Adriana Rio

Homenagem a Charles Chaplin encerra Mostra de SP com orquestra ao ar livre

Carlos Milano
UOL Entretenimento . Cinema

Humor, crítica social e poesia

(...) Nas aventuras atrapalhadas de Carlitos há bem mais do que piadas. Por trás do cômico, Chaplin tece críticas que permanecem atuais. Em "O Circo", o vagabundo de chapéu-coco, tenta se inserir no picadeiro como artista. Não consegue e vai como operário, mas as confusões em que se envolve o levam para o centro da arena, transformando-o na principal atração do espetáculo. "Mostra a divisão de classes e a desigualdade social", observa Tiago Abreu, professor.

Ele conferiu a sessão junto de um grupo de amigos, todos educadores. A colega Dinalva Torres também elogiou o filme. Para ela o que faz a obra de Chaplin genial é abordar temas universais. "Ele usa o humor para se aproximar do público. Embora possamos chamar de comédia, os filmes tocam em questões centrais da alma humana", defende Torres. "Falam de ideias que não envelheceram", acrescenta Juliana Almeida.

Um pouco mais nostálgico, Carlos Nelessen assistiu ao filme saboreando algumas doses de rum. O grupo trouxe a bebida de uma viagem recente a Cuba. "Filmes do Chaplin me lembram a infância", disse.

A procura por bons filmes fez com que Gabriela Ferreira encontrasse Carlitos. "Depois de assistir 'Dogville', me animei a entender melhor a crítica que o diretor faz", diz. O filme de Lars von Trier, de 2003, sem cenário, questiona efeitos especiais no cinema americano. "Na obra de Chaplin, o importante não é o cenário, mas a poesia."

Após a exibição, uma imitadora de Carlitos ganhou a atenção de algumas pessoas que ainda permaneciam no local, fazendo mimicas e distribuindo flores. Daniele Santiago, que acompanha o sósia do personagem de Chaplin pela cidade aos fins de semana, informou que se trata de um laboratório, mas sem fins comerciais ou de pesquisa. "Queremos ver reação do público diante do inusitado."

Reproduzido de UOL Cinema
02 nov 2014

Saiba mais sobre a 38a. Mostra Internacional de Cinema, clicando aqui. Conheça o filme "O Circo" (1928):

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